quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ALTERAÇÃO DA LINGUAGEM DO IDOSO



A alteração da linguagem do idoso pode ocorrer quando várias estruturas do corpo são comprometidas, interferindo na comunicação. As mais importantes são; os ouvidos, os olhos e a fala.
Deficiência na escuta, dificuldades em entender a mensagem, ouvir o que o outro está transmitindo. Pode causar irritação e alteração da linguagem do idoso.
A diminuição ou perda da visão prejudica a comunicação, é um componente importante na interação com outros e com o mundo.
A falta de dentes, a ausência ou má adaptação de dentadura, fatores que dificultam a emissão de mensagens, alterando a linguagem do idoso.
A voz torna-se rouca nas mulheres e mais fina nos homens. O que provoca alteração da linguagem do idoso, a fala fica mais fraca e mais lenta com o passar dos anos.
A memória também é afetada, o idoso tem dificuldade para recordar as palavras, o que interfere na sua expressão.
A perda de familiares e amigos e a substituição do trabalho pela aposentadoria com rebaixamento de salário levam muitas vezes os idosos a estados de depressão, nervosismo, ansiedade e depreciação do valor pessoal, podem ficar apáticos, isolados, desinteressados, prejudicando a condição de vida alterando a linguagem do idoso.
Doenças também alteram a linguagem do idoso, sua comunicação: derrame cerebral, hipertensão arterial, o enfarte, a arteriosclerose, as doenças mentais e as demências, as quedas e os acidentes, a perda da memória ou esquecimento, a fadiga fácil e outras situações.
A afasia, alteração da linguagem do idoso causada por problemas cerebrais pode afetar a capacidade de ler, escrever, bem como de falar, compreender e executar.
Alguns medicamentos podem provocar confusão e lentidão na conversa do idoso.

Apoio ao idoso na sua linguagem, comunicação com os outros:
·         Evitar situações que gerem sentimentos de ansiedade ou aborrecimento;
·         Manter o ambiente confortável, agradável, iluminado e seguro.
·         Ao falar com o idoso evite barulho de televisão, rádio ou conversas paralelas;
·    Quando conversar com o idoso, chame-o pelo nome, toque-o, pegue sua mão. Trate-o com carinho e não o chame de vovô, vovó, tia, tio, ..., caso ele não seja seu parente;
· Fale de frente para o idoso, com clareza, uma frase por vez. Complemente sua linguagem com gestos quando necessário;
·    Oriente-o diariamente quanto ao tempo e espaço: hora, data, local. Mantenha ao alcance de sua visão calendário e relógio com números grandes e legíveis;
·  De acordo com suas necessidades mantenha o uso de óculos, aparelho auditivo, dentadura ou outras próteses;
· Dê oportunidade para que ele possa escutar, aprender e adaptar-se, recusar e defender-se. Tomar suas próprias decisões e fazer escolhas;
·  Preste atenção aos olhos, ouvidos, tato, olfato para perceber o que o idoso quer comunicar;
·    Demonstre que entendeu sua linguagem e verifique se ele compreende o que você fala;
· Não use gestos bruscos, gritos e fala agressiva, caretas, impaciência, forçando movimento dos lábios para se fazer entender.

Dica: procure anotar as alterações que observa no idoso, compará-las ao longo do tempo e avise aos familiares e médico.

Em casos de alteração da linguagem do idoso, além dos cuidados descritos acrescente:
·  Estímulos visuais aos auditivos, gravuras e retratos, e peça para o idoso apontar e dizer o que vê;
·        Use sempre as mesmas palavras em situações semelhantes;
·    Acene com a cabeça se você entendeu a linguagem do idoso, reforce a resposta certa;
·        Solicite que ele use gestos, escrita, desenhos etc. até sua fala se normalizar;
·   Estimule com leituras, jogos, televisão, gravadores ou outras maneiras que chamem sua atenção e interesse. Solicite apoio de outras pessoas para tais atividades;
·    Na rotina coloque períodos de descanso para que o idoso não fique com fadiga.


É importante que haja observação, paciência e sensibilidade por parte do cuidador. A linguagem do idoso favorece a atenção, percepção, a memória e as funções intelectuais, proporcionam do ponto de vista psicossocial, um desenvolvimento do interesse e da personalidade.

Fonte: 
-  Como Cuidar dos Idosos – Rosalina A.P. Rodrigues, Maria José D.Diogo (orgs. Papirus/ Coleção VIVAIDADE 1996.
- Cartografias do envelhecimento na contemporaneidade - velhice e terceira idade (Mariele Rodrigues Correa)2009.
-   Atividade Física no Processo de Envelhecimento 
Ernesto Marquez Filhos.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

REFEIÇÕES EQUILIBRADAS PARA OS IDOSOS



As refeições equilibradas para os idosos devem seguir os seguintes itens:
·         Refeições equilibradas em proteínas, vitaminas e sais minerais;
·         Refeições que contenham baixo teor de gorduras;
·         Devem ser ricas em fibras;
·         Ser moderadas na quantidade de sal e açúcar;
·         Ter boa quantidade de líquidos;
·         As refeições equilibradas para os idosos têm que obedecer a um fracionamento das porções (menor volume das refeições/maior número de refeições ao dia);
·         É importante conter alimentos de fácil digestão (sempre bem cozidos e evitar frituras);
·         As refeições equilibradas para os idosos devem apresentar aspecto agradável;
·         Respeitar seus hábitos alimentares desde que esses estejam adequados a alimentação equilibrada.
 Ao planejar as refeições que serão servidas é importante que haja variedade. Observar as propriedades nutritivas, a apresentação dos pratos, a temperatura adequada e a qualidade.

Utilização de alimentos de diversos grupos, nas quantidades necessárias ao organismo.

Alimentos energéticos:
·         Carboidratos – função essencialmente energética.
Fontes: cereais e derivados (arroz, milho, aveia, trigo, centeio); farinhas, fubá, massas alimentícias em geral; feculentos e derivados (batata-inglesa, batata-doce, cará, inhame, mandioca, tapioca etc.); açúcar, mel, doce em pasta, compotas.
·         Lipídios – função fornecer energia, auxiliar na regulação térmica do corpo e no transporte de vitaminas lipossolúveis.
Fontes: de origem vegetal, castanhas, nozes, amendoim, óleos, margarina e outros, e de origem animal, manteiga, creme de leite, banha de porco etc.

Alimentos construtores:
·         Proteínas – função promover o crescimento pela formação de novas células e permitir a conservação dos tecidos pela reposição de células destruídas.
Fontes: proteína animal, ovos, queijos, carnes em geral (boi, porco, aves, peixes, crustáceos, leite etc.; proteína vegetal: soja, feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha.  

Alimentos reguladores:
·         Celulose, vitaminas e sais minerais – função facilitar o trabalho do intestino, regular e proteger o organismo;
Fontes: frutas, verduras e legumes.

Hidratação
A oferta constante de líquidos é fundamental. Os idosos apresentam uma diminuição da quantidade de água corporal total, gerando frequentemente uma desidratação simples, caracterizada por apatia, ressecamento das mucosas etc. Dependendo do grau de debilitação, o idoso é menos sensível à sede, sendo muitas vezes incapaz também de solicitar líquidos.
Fatores de ordem ambiental, como calor excessivo, febre, falta de ar, diabetes descompensado, infecção podem determinar quadros de desidratação extremamente graves.
A quantidade necessária de líquidos varia de caso para caso, a orientação médica determinará o volume total a ser ingerido.
No cálculo do volume total a ser ingerido devem ser levados em conta algumas refeições como sopas, papas, dietas pastosas, líquidos, frutas etc.

A oferta de líquidos deve ser feita em intervalos regulares, por todos os familiares, com muita paciência, em pequenas quantidades e sempre com o idoso sentado para evitar engasgamento.

DOENÇA INTERFERE SONO DO IDOSO



Síndrome da apneia noturna é uma doença que interfere no sono do idoso: várias vezes durante a noite, a pessoa pára de respirar durante alguns segundos. Ela precisa acordar para recuperar o fôlego, pela manhã, pode não se lembrar que isso aconteceu. Essa situação pode causar cansaço e sonolência durante o dia.
Outra doença que interfere no sono do idoso é a dos movimentos periódicos das pernas; durante o sono a pessoa idosa mexe muito suas pernas e seus pés, fazendo movimentos que parecem chutes, e que podem fazê-la acordar várias vezes durante a noite;
Dores de diversos tipos também podem interferir no sono do idoso, como; enxaqueca, úlcera, artrite (reumatismo, dor nas juntas), angina (dor no peito), doenças respiratórias como asma, bronquite e enfisema.
Incontinência urinária  interfere no sono do idoso, pois esse não consegue segurar a urina e pode urinar na cama, é obrigado a levantar várias vezes durante a noite para se trocar. Ou então, ele não consegue segurar a urina por muito tempo e precisa levantar várias vezes para ir ao banheiro urinar.
Problemas psicológicos também podem prejudicar o sono, como por exemplo, a ansiedade e a depressão.
Idosos que têm problemas mentais, como a demência, ou a doença de Alzheimer, podem ter sono bastante perturbado, acordando várias vezes durante a noite, confusos, caminhando de um lado para o outro, sem propósito, em vez de dormir. Isso coloca a pessoa em risco de se machucar, ao descer da cama e ficar andando muitas vezes no escuro e em pisos escorregadios, além de perturbar o sono do cuidador.
O uso de remédios para dormir (chamados de sedativos e de hipnóticos) pode interferir no sono do idoso e ainda piorar os problemas, em vez de ajudar a resolvê-los. Esses medicamentos só devem ser usados quando forem receitados pelo médico que conheça muito bem o paciente e os problemas que podem estar prejudicando seu sono.
Alguns problemas que esses remédios podem trazer para o idoso:
·         Nas pessoas idosas, o funcionamento do organismo é mais lento, e os efeitos dos remédios duram mais tempo. O idoso pode tomar o remédio à noite, e continuar a sentir-se sonolento durante o dia, em decorrência da ação daquele medicamento. Podem aparecer os problemas de memória, dificuldade em movimentar-se e tremores. Tudo isso aumenta o risco de o idoso sofrer acidentes, como quedas, durante o dia.
·         Muitos medicamentos para dormir aumentam a proporção do sono superficial, diminuindo portanto a quantidade de sono profundo, que já é pequena para os idosos. Isso pode resultar em menor sensação de repouso e bem-estar na manhã seguinte.
·         Os idosos que têm a síndrome de apneia do sono (que param de respirar por alguns segundos durante a noite) precisam acordar para recuperar o fôlego. O remédio para dormir pode impedi-los de acordar e, consequentemente, de voltar a respirar, ocorrendo à morte.
·         O próprio medicamento pode deixar de fazer efeito depois de algumas semanas de uso, tornando-se inútil.

É importante prestar atenção nas queixas do idoso a respeito do sono, observá-lo durante a noite, anotar todas as situações e descobrir qual é o tipo de problema que acontece com ele, o que interfere no seu sono, para verificar a melhor solução para a questão que se apresenta. Comunicar ao médico e a família, pode ser que haja necessidade de encaminhá-lo para exames específicos a fim de encontrar a causa que o aflige durante a noite e faz com que perca o sono.