quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ALTERAÇÃO DA LINGUAGEM DO IDOSO



A alteração da linguagem do idoso pode ocorrer quando várias estruturas do corpo são comprometidas, interferindo na comunicação. As mais importantes são; os ouvidos, os olhos e a fala.
Deficiência na escuta, dificuldades em entender a mensagem, ouvir o que o outro está transmitindo. Pode causar irritação e alteração da linguagem do idoso.
A diminuição ou perda da visão prejudica a comunicação, é um componente importante na interação com outros e com o mundo.
A falta de dentes, a ausência ou má adaptação de dentadura, fatores que dificultam a emissão de mensagens, alterando a linguagem do idoso.
A voz torna-se rouca nas mulheres e mais fina nos homens. O que provoca alteração da linguagem do idoso, a fala fica mais fraca e mais lenta com o passar dos anos.
A memória também é afetada, o idoso tem dificuldade para recordar as palavras, o que interfere na sua expressão.
A perda de familiares e amigos e a substituição do trabalho pela aposentadoria com rebaixamento de salário levam muitas vezes os idosos a estados de depressão, nervosismo, ansiedade e depreciação do valor pessoal, podem ficar apáticos, isolados, desinteressados, prejudicando a condição de vida alterando a linguagem do idoso.
Doenças também alteram a linguagem do idoso, sua comunicação: derrame cerebral, hipertensão arterial, o enfarte, a arteriosclerose, as doenças mentais e as demências, as quedas e os acidentes, a perda da memória ou esquecimento, a fadiga fácil e outras situações.
A afasia, alteração da linguagem do idoso causada por problemas cerebrais pode afetar a capacidade de ler, escrever, bem como de falar, compreender e executar.
Alguns medicamentos podem provocar confusão e lentidão na conversa do idoso.

Apoio ao idoso na sua linguagem, comunicação com os outros:
·         Evitar situações que gerem sentimentos de ansiedade ou aborrecimento;
·         Manter o ambiente confortável, agradável, iluminado e seguro.
·         Ao falar com o idoso evite barulho de televisão, rádio ou conversas paralelas;
·    Quando conversar com o idoso, chame-o pelo nome, toque-o, pegue sua mão. Trate-o com carinho e não o chame de vovô, vovó, tia, tio, ..., caso ele não seja seu parente;
· Fale de frente para o idoso, com clareza, uma frase por vez. Complemente sua linguagem com gestos quando necessário;
·    Oriente-o diariamente quanto ao tempo e espaço: hora, data, local. Mantenha ao alcance de sua visão calendário e relógio com números grandes e legíveis;
·  De acordo com suas necessidades mantenha o uso de óculos, aparelho auditivo, dentadura ou outras próteses;
· Dê oportunidade para que ele possa escutar, aprender e adaptar-se, recusar e defender-se. Tomar suas próprias decisões e fazer escolhas;
·  Preste atenção aos olhos, ouvidos, tato, olfato para perceber o que o idoso quer comunicar;
·    Demonstre que entendeu sua linguagem e verifique se ele compreende o que você fala;
· Não use gestos bruscos, gritos e fala agressiva, caretas, impaciência, forçando movimento dos lábios para se fazer entender.

Dica: procure anotar as alterações que observa no idoso, compará-las ao longo do tempo e avise aos familiares e médico.

Em casos de alteração da linguagem do idoso, além dos cuidados descritos acrescente:
·  Estímulos visuais aos auditivos, gravuras e retratos, e peça para o idoso apontar e dizer o que vê;
·        Use sempre as mesmas palavras em situações semelhantes;
·    Acene com a cabeça se você entendeu a linguagem do idoso, reforce a resposta certa;
·        Solicite que ele use gestos, escrita, desenhos etc. até sua fala se normalizar;
·   Estimule com leituras, jogos, televisão, gravadores ou outras maneiras que chamem sua atenção e interesse. Solicite apoio de outras pessoas para tais atividades;
·    Na rotina coloque períodos de descanso para que o idoso não fique com fadiga.


É importante que haja observação, paciência e sensibilidade por parte do cuidador. A linguagem do idoso favorece a atenção, percepção, a memória e as funções intelectuais, proporcionam do ponto de vista psicossocial, um desenvolvimento do interesse e da personalidade.

Fonte: 
-  Como Cuidar dos Idosos – Rosalina A.P. Rodrigues, Maria José D.Diogo (orgs. Papirus/ Coleção VIVAIDADE 1996.
- Cartografias do envelhecimento na contemporaneidade - velhice e terceira idade (Mariele Rodrigues Correa)2009.
-   Atividade Física no Processo de Envelhecimento 
Ernesto Marquez Filhos.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

REFEIÇÕES EQUILIBRADAS PARA OS IDOSOS



As refeições equilibradas para os idosos devem seguir os seguintes itens:
·         Refeições equilibradas em proteínas, vitaminas e sais minerais;
·         Refeições que contenham baixo teor de gorduras;
·         Devem ser ricas em fibras;
·         Ser moderadas na quantidade de sal e açúcar;
·         Ter boa quantidade de líquidos;
·         As refeições equilibradas para os idosos têm que obedecer a um fracionamento das porções (menor volume das refeições/maior número de refeições ao dia);
·         É importante conter alimentos de fácil digestão (sempre bem cozidos e evitar frituras);
·         As refeições equilibradas para os idosos devem apresentar aspecto agradável;
·         Respeitar seus hábitos alimentares desde que esses estejam adequados a alimentação equilibrada.
 Ao planejar as refeições que serão servidas é importante que haja variedade. Observar as propriedades nutritivas, a apresentação dos pratos, a temperatura adequada e a qualidade.

Utilização de alimentos de diversos grupos, nas quantidades necessárias ao organismo.

Alimentos energéticos:
·         Carboidratos – função essencialmente energética.
Fontes: cereais e derivados (arroz, milho, aveia, trigo, centeio); farinhas, fubá, massas alimentícias em geral; feculentos e derivados (batata-inglesa, batata-doce, cará, inhame, mandioca, tapioca etc.); açúcar, mel, doce em pasta, compotas.
·         Lipídios – função fornecer energia, auxiliar na regulação térmica do corpo e no transporte de vitaminas lipossolúveis.
Fontes: de origem vegetal, castanhas, nozes, amendoim, óleos, margarina e outros, e de origem animal, manteiga, creme de leite, banha de porco etc.

Alimentos construtores:
·         Proteínas – função promover o crescimento pela formação de novas células e permitir a conservação dos tecidos pela reposição de células destruídas.
Fontes: proteína animal, ovos, queijos, carnes em geral (boi, porco, aves, peixes, crustáceos, leite etc.; proteína vegetal: soja, feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha.  

Alimentos reguladores:
·         Celulose, vitaminas e sais minerais – função facilitar o trabalho do intestino, regular e proteger o organismo;
Fontes: frutas, verduras e legumes.

Hidratação
A oferta constante de líquidos é fundamental. Os idosos apresentam uma diminuição da quantidade de água corporal total, gerando frequentemente uma desidratação simples, caracterizada por apatia, ressecamento das mucosas etc. Dependendo do grau de debilitação, o idoso é menos sensível à sede, sendo muitas vezes incapaz também de solicitar líquidos.
Fatores de ordem ambiental, como calor excessivo, febre, falta de ar, diabetes descompensado, infecção podem determinar quadros de desidratação extremamente graves.
A quantidade necessária de líquidos varia de caso para caso, a orientação médica determinará o volume total a ser ingerido.
No cálculo do volume total a ser ingerido devem ser levados em conta algumas refeições como sopas, papas, dietas pastosas, líquidos, frutas etc.

A oferta de líquidos deve ser feita em intervalos regulares, por todos os familiares, com muita paciência, em pequenas quantidades e sempre com o idoso sentado para evitar engasgamento.

DOENÇA INTERFERE SONO DO IDOSO



Síndrome da apneia noturna é uma doença que interfere no sono do idoso: várias vezes durante a noite, a pessoa pára de respirar durante alguns segundos. Ela precisa acordar para recuperar o fôlego, pela manhã, pode não se lembrar que isso aconteceu. Essa situação pode causar cansaço e sonolência durante o dia.
Outra doença que interfere no sono do idoso é a dos movimentos periódicos das pernas; durante o sono a pessoa idosa mexe muito suas pernas e seus pés, fazendo movimentos que parecem chutes, e que podem fazê-la acordar várias vezes durante a noite;
Dores de diversos tipos também podem interferir no sono do idoso, como; enxaqueca, úlcera, artrite (reumatismo, dor nas juntas), angina (dor no peito), doenças respiratórias como asma, bronquite e enfisema.
Incontinência urinária  interfere no sono do idoso, pois esse não consegue segurar a urina e pode urinar na cama, é obrigado a levantar várias vezes durante a noite para se trocar. Ou então, ele não consegue segurar a urina por muito tempo e precisa levantar várias vezes para ir ao banheiro urinar.
Problemas psicológicos também podem prejudicar o sono, como por exemplo, a ansiedade e a depressão.
Idosos que têm problemas mentais, como a demência, ou a doença de Alzheimer, podem ter sono bastante perturbado, acordando várias vezes durante a noite, confusos, caminhando de um lado para o outro, sem propósito, em vez de dormir. Isso coloca a pessoa em risco de se machucar, ao descer da cama e ficar andando muitas vezes no escuro e em pisos escorregadios, além de perturbar o sono do cuidador.
O uso de remédios para dormir (chamados de sedativos e de hipnóticos) pode interferir no sono do idoso e ainda piorar os problemas, em vez de ajudar a resolvê-los. Esses medicamentos só devem ser usados quando forem receitados pelo médico que conheça muito bem o paciente e os problemas que podem estar prejudicando seu sono.
Alguns problemas que esses remédios podem trazer para o idoso:
·         Nas pessoas idosas, o funcionamento do organismo é mais lento, e os efeitos dos remédios duram mais tempo. O idoso pode tomar o remédio à noite, e continuar a sentir-se sonolento durante o dia, em decorrência da ação daquele medicamento. Podem aparecer os problemas de memória, dificuldade em movimentar-se e tremores. Tudo isso aumenta o risco de o idoso sofrer acidentes, como quedas, durante o dia.
·         Muitos medicamentos para dormir aumentam a proporção do sono superficial, diminuindo portanto a quantidade de sono profundo, que já é pequena para os idosos. Isso pode resultar em menor sensação de repouso e bem-estar na manhã seguinte.
·         Os idosos que têm a síndrome de apneia do sono (que param de respirar por alguns segundos durante a noite) precisam acordar para recuperar o fôlego. O remédio para dormir pode impedi-los de acordar e, consequentemente, de voltar a respirar, ocorrendo à morte.
·         O próprio medicamento pode deixar de fazer efeito depois de algumas semanas de uso, tornando-se inútil.

É importante prestar atenção nas queixas do idoso a respeito do sono, observá-lo durante a noite, anotar todas as situações e descobrir qual é o tipo de problema que acontece com ele, o que interfere no seu sono, para verificar a melhor solução para a questão que se apresenta. Comunicar ao médico e a família, pode ser que haja necessidade de encaminhá-lo para exames específicos a fim de encontrar a causa que o aflige durante a noite e faz com que perca o sono.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

A IMPORTÂNCIA DO SONO PARA O IDOSO



A importância do sono para o idoso é fundamental, contribui para a recuperação de energias perdidas durante o dia. Além disso, o sono para o idoso também é importante para o bom funcionamento do sistema nervoso central. Sem esse repouso a pessoa pode apresentar sintomas como cansaço e dor de cabeça. Pode ficar facilmente irritada ou deprimida, se a falta de sono ou sono insuficiente ou perturbado durar muito tempo, poderão aparecer sinais de mau funcionamento mental e problemas de comportamento, portanto a importância do sono para o idoso deve ser observada. Tudo isso pode ser resolvido quando o sono é recuperado e volta ao normal.


A necessidade de sono para o idoso varia de pessoa para pessoa, alguns tem o hábito de dormir após o almoço ou à tarde.
Alguns idosos queixam-se a respeito disso enquanto outros podem achar que esses problemas fazem parte do envelhecimento e nada comentam.
Algumas mudanças podem ocorrer no sono com o processo de envelhecimento, e que podem ser consideradas normais:
§  O sono para o idoso pode tornar-se mais leve, ele acorda com maior facilidade durante a noite, especialmente se ouvir barulhos ou se as luzes do quarto forem acesas por outra pessoa;
§  O idoso pode ter dificuldade em manter o sono durante a noite, isto é, acorda várias vezes, e pode ter dificuldade em voltar a dormir;
§  O idoso costuma deitar-se cedo e também acordar muito cedo, às vezes bem antes do nascer do sol. Considerar sempre o número total de horas dormidas nas 24 horas.
§  Durante o dia o idoso costuma cochilar, alguns estudiosos acreditam que esses cochilos podem ser benéficos, isto é, podem completar a quantidade de sono necessária para que o idoso se sinta bem. Outros, porém, afirmam que os cochilos podem atrapalhar o sono noturno. Os benefícios ou os malefícios do cochilo variam de indivíduo para indivíduo.
Algumas medidas podem ser adotadas para garantir a importância do sono do idoso:
1.    O ambiente deve ser tranquilo, silencioso, com iluminação indireta. Temperatura agradável, ventilação adequada evitando correntes de vento. Colchões e travesseiros confortáveis. Roupas de cama limpas e macias. Quando a pessoa perde urina na cama, esta pode ser forrada com material impermeável e coberta com outro lençol para não haver contato do plástico com a pele. Cobertores muito pesados podem ser incômodos, podem ser trocados por mantas que são mais leves e esquentam bem. O ambiente deve ser seguro, caso o idoso precise se levantar durante a noite, para que não corra riscos de se machucar.
2.    Outra questão importante é respeitar os hábitos do idoso antes de dormir; alguns escovam os dentes, tomam banho, penteiam os cabelos... Se ele não conseguir fazer sozinho o cuidar pode auxiliá-lo.
3.    Ao verificar a importância do sono para o idoso, estabelecer horários de dormir que devem ser respeitados. O fato de passar muito tempo na cama durante o dia, que às vezes acontece com os idosos que têm problemas de saúde (física ou mental), pode ser prejudicial ao bom sono, podem dormir de forma descontínua como os bebês. Se for possível o idoso deve ser encorajado a sair do leito e realizar atividades que sua saúde permita: ler, assistir à televisão, tricotar e outras coisas que sejam agradáveis.
4.    Alguma forma de exercício físico, como caminhar durante a manhã, pode ter um bom efeito sobre o sono do idoso e aumenta a sensação de bem-estar.
5.    Bebidas que contêm cafeína podem atrapalhar o sono, como café, alguns chás (mate, chá preto), chocolate, refrigerantes como coca-cola, guaraná e soda. Essas bebidas devem ser evitadas, especialmente à noite. O cigarro também contém substâncias que são estimulantes, e deve ser evitado. O leite e alguns chás (erva-cidreira, maracujá) podem ajudar para que o idoso tenha um sono melhor, mas é ele que deve dizer se realmente isso ocorre quando ingere essas bebidas.
6.    Idosos que têm incontinência urinária e os que se levantam muitas vezes à noite devem evitar a ingestão de líquidos antes de deitar, é preferível beber mais líquido durante o dia e bem pouco à noite.
7.    Comer muito à noite também não é indicado, algumas pessoas gostam de uma comida leve antes de dormir. Quem tem refluxo-gastro-esofagiano (queimação no estômago durante a noite) deve evitar comer ou beber antes de dormir, e de preferência usar travesseiros altos. Procurar apoio médico.
8.    Ao se levantar pela manhã, o idoso pode ser orientado a primeiro se espreguiçar, bem devagar, esticando todos os músculos. Depois sentar-se na cama por alguns minutos, antes de se levantar. Isso ajuda a evitar a tontura que algumas pessoas sentem quando se levantam muito depressa, cuja causa pode ser uma queda de pressão arterial.
9.    Medos, ansiedades, nervosismo e preocupações podem perturbar bastante o sono do idoso. Conversar com ele a respeito disso pode ajudar; é importante que ele relaxe ao se deitar e pensar em coisas agradáveis.
10. Não existe uma regra geral quanto à conduta do sono e do repouso do idoso. O importante é sempre buscar soluções para os possíveis problemas.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

OCUPAR TEMPO LIVRE DO IDOSO



Ocupar o tempo livre do idoso é propor-lhe lazer, pois é isento de obrigações de qualquer natureza, sejam profissionais, familiares ou domésticas. Ocupar o tempo livre do idoso é oportunidade que cada um tem para si, para fazer o que gosta, para conviver com quem estima, enfim, para se expressar como pessoa.
Ocupar o tempo livre do idoso não significa se opor ao trabalho é justamente complementar a este. Não pode ser confundido com ociosidade, corresponde exatamente a uma liberação periódica do trabalho, ao fim do dia, da semana, do ano (férias) ou da vida funcional (aposentadoria).
Ocupar o tempo livre do idoso com jogos, viagens, atividades esportivas, e outros, antes considerados “perda de tempo”, tendem a tornarem-se hoje novas exigências dos idosos a partir das necessidades de expressão e realização de si próprias.
Ocupar o tempo livro do idoso é oportunizar um lazer que envolve diferentes áreas de interesse, que serão procuradas pelos idosos de acordo com seu nível social, cultural e profissional.
§  Ocupar o tempo livre do idoso com atividades físicas: a participação consciente e voluntária na vida social e cultural em busca do equilíbrio pessoal entre o repouso, a distração e o desenvolvimento contínuo e harmonioso da personalidade. Transcende, portanto, as práticas de esportes ou exercícios físicos dando-lhes novo enfoque. Sentir-se bem fisicamente, saudável.
§  Ocupar o tempo do idoso com propostas práticas: atividades utilitárias e desinteressadas que podem ser praticadas pelos idosos. Englobam os trabalhos manuais executados no lar, costura, tricô, crochê, marcenaria, consertos, reparos, culinária aos domingos, jardinagem, etc., ou seja, todas ligadas a determinadas habilidades dos indivíduos sem caráter obrigatório quer no âmbito social quer no familiar.
§  No tempo livre do idoso apresentar-lhe interesses artísticos: englobam todas as atividades ligadas às artes por meio das quais os idosos podem expressar sua criatividade.
§  Interesses intelectuais: atividades voluntárias que visam ocupar o tempo livre do idoso e às expressões cognitivas acompanhadas por uma inclinação, uma “paixão”. Podem ser desenvolvidas em diferentes campos como cinema, teatro, leituras, cursos, palestras. Podem incluir as universidades da terceira idade, que muito têm se propagado nos últimos anos desde que o objetivo englobe:
. Despertar o desejo de aquisição e/ou modificação de conhecimentos por aprendizagem voluntária;
. Estimular um processo de autoformação.
§  Interesses sociais: também podem ocupar o tempo livre do idoso além de estarem imbricados em todas as outras, relacionam-se às atividades que favoreçam o desenvolvimento da sociabilidade e de formações de grupos evitando desta forma o isolamento social do idoso. Festas, bailes, passeios, viagens e bingos são algumas expressões deste tipo de interesse.

“O que ocorre com os nossos idosos nos tempos atuais é ainda essa
manifestação da cultura do trabalho, gerando quase sempre atitudes de
desconhecimento de outras dimensões do ser humano, sobretudo as
possibilitadas pela vivência do tempo de lazer.
Embora estando aposentados, ausentes da obrigatoriedade do trabalho, (isso
em tese porque se deve considerar a situação em que se encontram os
aposentados no Brasil, onde grande parte continua trabalhando), os idosos
trazem consigo o estigma da educação para o trabalho. Porém essa atitude
dogmática assumida até então, da valorização excessiva dado ao trabalho,
começa a ser reconsiderada, com a inclusão de novos valores, inclusive o de
utilização melhor do tempo livre, no qual então o lazer desponta e ganha
espaço, tendo mais ênfase no seu novo estilo de vida”.

(Atividade Física no Processo de Envelhecimento / Ernesto Marquez Filhos)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

VIVA IDADE MADURA



                                                                              

O envelhecimento do ser humano é um processo de desgaste do corpo, depois de atingida a idade adulta.
Viva Idade Madura hoje de modo diferente daquele do início do século XX. Até mesmo os nomes que se designavam para as pessoas da idade madura eram distintos; velho, ancião, senil. Hoje é terceira idade, melhor idade, feliz idade, maturidade, segunda juventude e outros.  
Viva Idade Madura não apenas trocando as palavras, mas também o olhar, observando a transformação da produção e das imagens visuais referentes a essa faixa etária. Verificamos nas fotografias antigas como eram os costumes, os trajes e acessórios da época; ternos, chapéus e bengalas, vestidos recatados e cabelos penteados. O que sobressaía era o recato, o comedimento, a sobriedade, sabedoria, experiência de vida. Hoje viva idade madura  acrescentando a esses valores a importância dessa fase nas suas realizações pessoais, profissionais, nas atividades, na atualização, no acompanhamento das inovações e modismos, como podemos verificar, por exemplo, nas novelas e anúncios comerciais conduzidos para esse segmento da sociedade.  
Finalmente podemos afirmar,  viva idade madura com suas transformações, pois o leque ampliou-se, a maneira de ser e de viver dos idosos na sociedade passa por uma fase nova. Nas últimas décadas verificamos que o envelhecimento populacional é mundial.
No século XX constatou-se que a população estava envelhecendo, esse fato ocorre devido a uma série de questões; aumento na expectativa de vida, diminuição da taxa da natalidade (as famílias estão diminuindo o número de filhos), maior produção e acesso a medicamentos,  a elaboração do Estatuto do Idoso (em 2003) que gerou mudanças na forma de ver e viver o envelhecimento, assim viva idade madura: o reconhecimento, os direitos dessa camada da população e a visibilidade social. A ciência que por meio de pesquisas e a criação de especialidades como; a gerontologia e a geriatria; possibilitam o envelhecimento com dignidade.
Atualmente podemos convidar os adultos que ao aproximarem-se da idade madura, que antes geralmente ficavam confinados dentro de casa; agora viva idade madura, envelhecendo com dignidade de forma mais sadia, que participem e interajam em bailes, clubes de convivência, projetos de universidades abertas, pratiquem atividades físicas, procurem ter uma vida saudável.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

CASA SEGURA PARA O IDOSO



            A casa do idoso que antes era segura e confortável pode transformar-se, em decorrência do envelhecimento do organismo ou de doenças nos idosos, tornando-se insegura e com possibilidade causar dificuldades e desconfortos.

Recomendá-se que casa segura para o idoso, que sua organização tenha início desde a idade adulta, já seja planejada e adaptada para quando as pessoas envelhecerem. A estética deve estar em segundo plano, o mais importante é a segurança. Um exemplo é o uso de tapetes que podem causar quedas com consequências desastrosas.


  •   Dicas para manter a casa segura para o idoso:
  •   Evitar que o chão fique escorregadio, não encerar e caso necessário colocar faixas de lixa de parede ou usar tintas antiderrapantes;
  •   Para ter uma casa segura para o idoso não usar tapetes;
  •   Nos banheiros usar tapetes de borracha;
  •   Evitar andar em ambientes escuros, manter boa iluminação;
  •   É aconselhável manter um abajur no quarto, facilita a ida ao banheiro durante a noite;
  •   Colocar corrimão em escadas;
  •   Para manter a casa segura para o idoso não utilizar chinelos soltos e com solas lisas, em nenhum cômodo da casa, podem provocar quedas e com o tempo causar deformidades nos pés;
  •   Observar se os móveis estão em bom estado (pés bambos, encostos soltos...) ou em locais que possam estar dificultando a passagem;
  •   Se quisermos proporcionar uma casa segura para o idoso não usar móveis, maçanetas e torneiras como apoio; se já apresenta dificuldades ao andar, deve-se procurar um profissional para indicar um aparelho adequado (bengala, andador etc.);
  •   Evitar trancar as portas de casa por dentro;
  •   Eliminar buracos ou saliências no acesso a casa ou ao quintal;
  •   Se pretendermos manter uma casa segura para o idoso manter ventilação, com janelas abertas;
  •   Deixar calendário e relógio em lugar visível para acompanhamento do tempo;
  •   Observar e avaliar a presença de animais domésticos dentro de casa, se não causarão acidentes;
  •   Sinalizar o final dos degraus da escada para melhor visualização (com fita adesiva colorida);
  •   Devemos prestar atenção em todo o ambiente domiciliar, para deixar uma casa segura para o idoso providenciar que os botões de controle do gás do fogão sejam de fácil visualização;
  •   Guardar os objetos e pertences dos idosos em armários fácil acesso, evitando o uso de cadeiras e bancos;
  •   Barras de apoio nas paredes próximas ao vaso sanitário e ao chuveiro, o que dá mais segurança;
  •   No caso de banheira, observar se oferece risco de queda.